Há pouco mais de uma semana, eu estava conversando no msn com a minha amiga Biliu (para quem não sabe, ela conhece meus gostos para dramas melhor do que ninguém e nunca houve uma indicação dela pela qual não tenha me apaixonado) e de repente ela comenta que estava viciada em uma “lakorn”. Eu respondi perguntando - “Lakorn? O que é isso?” Então ela me explicou e repasso a explicação para vocês:
Lakorn é como são chamados os dramas (doramas) da Tailândia.
Da Tailândia eu só tinha assistido filmes de terror (em minha opinião, os melhores filmes de terror são tailandeses) e recentemente também o filme “A Little Thing Called Love”, uma comédia romântica (indicação da minha amiga Karlinha que adorei). Entretanto, nunca tinha assistido a nenhum drama desse país, mas como a Biliu que estava me indicando e super entusiasmada, resolvi dar uma chance a tal lakorn.
O resultado não podia ter sido diferente, já que a Biliu nunca erra. AMEI o drama, ou melhor, a lakorn. Não consegui mais parar de ver, tanto que não fiz outra coisa nas minhas horas de folgas. Não sosseguei enquanto não terminei de ver os 15 episódios.
Bem, antes de falar da história do drama em si, vou comentar sobre as principais diferenças que notei entre as lakorns em relação aos dramas que estou acostumada a ver (K-dramas, Tw-dramas e J-dramas).
Primeiramente, o que me chamou a atenção logo no início, foi que eles são tão “calorosos” quanto nós brasileiros. Deixe-me explicar, aqui no Brasil estamos acostumados a dar abraços apertados em nossos pais, avós, tios, tias, primos, primas, amigos e amigas sem nenhum uma razão especial para isso, simplesmente porque temos vontade e os tailandeses também demonstraram ser assim através da lakorn. Estou tão acostumada com a falta de contato físico nos K-dramas e J-dramas, que até estranhei tanta demonstração de afeto. Sabe, quando simplesmente queremos o colinho da vovó e sem cerimônia vamos e nos deitamos no aconchego de seus braços? A personagem principal faz isso toda hora. Não que isso não aconteça em k-dramas, por exemplo, mas vamos concordar que é algo raro. (rsrs)
Outra diferença gritante, é que eles abordam temas mais sério, com a mesma naturalidade que nós brasileiros lidamos, como estupro, uso de preservativo, aborto, etc...
Entretanto, apesar de serem mais abertos a esses temas, ainda preservam seu atores e atrizes em cenas íntimas. Não há muitas cenas de beijos e mesmo quando há, notamos nitidamente o jogo de câmera, que apenas faz aparentar que houve contato. Também há cenas de relações íntimas entre os personagens, mas apenas com insinuações, que para bom entendedor, basta. O que em minha opinião, deveriam ensinar aos diretores das novelas brasileiras, não precisamos de fato ver ninguém seminu se esfregando um no outro para entendermos que irão para cama, não é verdade?
Seria perfeito se os tailandeses unissem esse modo de filmar seus dramas com os beijos taiwaneses. Aí sim me ganhariam de vez. (rsrs)
Mas agora vamos a história do drama, ou melhor, da lakorn.
Título: Roy Marn 2011 รอยมาร
Também conhecido como: Don’t Marry Me! Ou Trace Of Devil
Gênero: Romance, comédia, vingança, drama
Total de episódios: 15
Canal: Canal 3, Thai TV
Período de transmissão: 23/09/2011 a 32/10/2011
Tema musical principal: Suddenly Appear In My Heart
Sinopse:
Bee é uma garota de 17 anos que ainda está terminando o Ensino Médio e estuda para ser aprovada em uma boa universidade. Ela é uma garota que ama a liberdade de ser independente. Ela está pronta para ganhar o mundo e explorar suas possibilidades. É alguém que nem pensa em se casar tão cedo. Mark é um homem de negócios, que está disposto a se casar com a filha do inimigo de seu pai devido a um plano de vingança. Entretanto, no dia de seu casamento, sua noiva May, desaparece sem deixar vestígios. E a única forma de salvar o nome e a reputação das duas famílias, é substituir a noiva por sua prima mais nova, Bee. Apesar do escândalo que faz, Bee se vê obrigada a casar com o homem que tanto odeia para quitar os débitos da família, enquanto Mark não tem escolha a não ser tolerar uma garota teimosa e imatura. Um casamento forçado pode acabar se transformando em amor? O que acontecerá quando a verdadeira noiva voltar?
Personagens:
Bee (Margie Rasri Balenciaga) é uma garota mimada, travessa, extremamente teimosa, mas também é muito sincera e alegre. Seus pais faleceram quando ela era muito pequena e sua avó a criou desde então. Embora sua avó tente discipliná-la o tempo todo, Bee é uma causa perdida. Vive fazendo protestos para conseguir tudo o que quer e foge de casa a toda hora se não atendem aos seus caprichos. É uma verdadeira moleca, não se deixa intimidar por ninguém, não economizando em chutes, socos e beliscões a todo o momento. Ela sabe que nunca alcançará a perfeição de sua prima May e faz questão de provocá-la o tempo todo. Sua vida muda completamente quando sua prima desaparece no dia do casamento e ela é obrigada por seu tio Pramook (pai de May) a se casar no lugar dela para poder quitar o débito da família. Bee que já odiava Mark, jura que irá se vingar dele transformando sua vida em um inferno.
Mark (Boy Pakorn Chatborirak) é um jovem bonito, sedutor, milionário e extremamente cobiçado entre as mulheres. Seu pai Baramee, é tailandês e sua mãe Sarah, é árabe. Ele deseja se casar com alguém linda, sexy, feminina, inteligente e adequada para ser esposa de alguém da alta sociedade. No dia que ele conheceu May, se encantou imediatamente, pois ela é a imagem da esposa perfeita. Contudo, o destino transforma sua vida organizada em um verdadeiro caos, quando ele acaba sendo obrigado a se casar com a garota teimosa e travessa que ele tanto despreza, Bee. O que é pior que isso, é que ele prometeu a seu pai que não encostaria um dedo em Bee até o retorno de May. O que vai acontecer quando May aparecer? Ele voltará para ela? Ou irá seguir o seu coração?
May (Bella Vanita) é a perfeição em pessoa, jovem, bonita, delicada, feminina, inteligente e bem sucedida profissionalmente (embora o drama tenha acabado sem eu descobrir no que ela trabalhava. rsrs). É invejada por todas as mulheres e desejada por todos os homens que a conhecem. Entretanto também é mimada e egoísta. Seu maior ressentimento é o fato de todos darem mais atenção a Bee, embora a prima haja sempre como uma criança mal criada e nunca é castigada, enquanto ela se dedica a ser sempre a melhor em tudo. Como May sempre quer o melhor para si, ao conhecer Mark, acredita que deve se casar apenas por ele ser o melhor entre todos os seus pretendentes. Fatidicamente, no dia do casamento dos seus sonhos, algo terrível acontece, o que a faz perder seu noivo perfeito para sua odiada prima. Apesar de eu odiar a egoísta e ambiciosa May, o que aconteceu a ela, eu não desejaria nem a minha pior inimiga e sinceramente fiquei com muita pena dela. Infelizmente minha pena não durou muito, pois assim que ela voltou, seus atos me fizeram odiá-la novamente.
Athit (First Ekkaphong Jongkesakorn) é o moço bonzinho da história. Ex-namorado de May, acabou se tornando um grande amigo de Bee e carinhosamente apelido por ela de Sunny. Mesmo se sentindo magoado quando May o trocou por Mark, não deixou de frequentar a casa da família, pois Bee se tornou sua melhor amiga. Ele é um jovem bonito, de ótima família, rico, alegre e tão bem humorado quanto Bee. É um policial de elite e de grande respeito também. É um amigo para todas as horas e está sempre ajudando e acobertando Bee nas confusões que ela se mete. Também é o responsável por provocar muitas cenas de ciúmes em Mark. (rsrs)
Wimada (Benjawan Artner) é a ex-namorada de Mark. Ela o namorou ao mesmo tempo em que era amante de um homem casado. Se sentindo traído por seu primeiro amor, Mark passou a acreditar que nunca mais amaria de novo. Ela é a verdadeira vaca (com o perdão da palavra e sinceras desculpas as vaquinhas) da história e uma total destruidora de lares. As brigas entre ela e Bee são as melhores, já que Bee também tem uma língua afiada.
A querida vovó (não descobri o nome da atriz) de Bee também esconde muitos segredos do passado. Não se deixem enganar por essa carinha de Dona Benta. Ela é a melhor mentirosa da história dos dramas. Ao longo do drama ela contou pelo menos umas cinco versões da mesma história e nos faz acreditar em todas elas. Sinceramente me deixou muito confusa. Mas uma coisa é fato, ela ama muito sua família e faz qualquer coisa por eles. Principalmente por Bee, a quem ela dedica um carinho muito especial, o que a faz ser muito complacente com sua neta mimada.
Baramee (Nirut Sirijanya) é o pai de Mark. Volta a Tailândia para se vingar da família de Bee. Seu motivos são um mistério.
Pramook (Dilok Thong Wattana) pai de May e tio de Bee, um homem sem escrúpulos que não hesitou em “vender” sua própria filha e depois sua sobrinha para pagar suas dívidas de jogos. Também esconde muito segredos dos passado.
Enfim, deixem o preconceito de lado, se acostumem com o idioma diferente, e dêem uma chance a essa encantadora lakorn, pois garanto que não se arrependerão. Tenho certeza que se apaixonarão tanto quanto eu.
Onde ver?
Por enquanto só é possível assistir online no http://en.viki.com/channels/3962-roi-marn-2011. Há legendado em inglês e espanhol completo. Em português só há os dois primeiros episódios legendados. Quem sabe no futuro esse drama seja legendado por um fansub brasileiro por uma tradutora muito boazinha.... rsrs
Curiosidade:
Essa história é tão famosa lá na Tailândia, que Roy Marn 2011 já é a terceira versão.